31.5.17
Quitandoquinha
Estamos na Chapada Diamantina, em Igatu. Cidade de pedras, vilarejo cortado pelo rio de águas escuras. Uma igreja linda que todo dia pontualmente recebe as mulheres e algumas crianças para rezar o terço. O ônibus escolar sobe e desce a estrada de pedras para levar os estudantes e alguns dos moradores para a cidade mais próxima. Ritmo infinitamente mais tranquilo. Sinal de celular inexistente, não adianta subir no ponto mais alto pq simplesmente não pega. Desliguei o celular. Tive que desligar do que acontece no meu mundo e no mundo. Hora ou outra surrupio um wi-fi para ver se está tudo bem. Ontem na pracinha Thaís esperava ansiosamente a recém amiga sair da escola. Brincaram muito. De esconde esconde, de roda, correram pela praça e rua. E nós, sentados, vendo todo o movimento, as risadas, os gritos. Sem pressa. Sem nada urgente. E, neste momento, me bateu uma tristeza sem fim. Fiquei pensando no quanto tempo perdemos no celular/internet. Vendo informações, fotos que não levam a nada, mas que muitas vezes nos trazem angústias, necessidades e desejos vazios. Pensei nas vezes que a Thata pediu, sentida, minha atenção e eu completamente absorvida pela urgência de responder algo que poderia aguardar um tempo. Olhar concentrado na tela e não nela. Senti na pele a constatação triste do que os eletrônicos tem ocasionado na infância. A vida não espera. O tempo voa. Foto que fiz na outra visita a Igatu - 4 anos atrás. Nesta época esperava ansiosamente pela oportunidade de ser mãe. #amorquitandoquinha
via Quitandoquinha
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