14.2.17

Quitandoquinha


Na minha vida cigana de Brasília mudei de casa algumas vezes. 5 ao todo. A primeira casa era uma mini casa, quitinete, no térreo com vista para o mar. Mentira. Para uma rua ainda de terra. Na minha primeira seca, a cada carro que passava, o pó subia e meus móveis mudaram de cor, ficaram marrons. A kit não tinha armários. Lembro de uma crise de choro que tive quando chegou o armário Bartira que compramos. Sofri. Desapeguei e segui a vida. Mudamos, então, para uma casinha em um condomínio. Era uma graça, mas o barulho das corujas e o não movimento na rua, me deixava deprê. Sou de SP, capital, e gosto de um agitinho. Nos mudamos para um apartamento delícia no plano piloto. Tamanho na medida para um casal. Cozinha aberta e lá tinha o Seu Floriano, o zelador. Até hoje um dos meus melhores amigos. Vira e mexe passo por lá para bater papo e saber da vida da vizinhança. Mas dai veio a Thaís e o espaço começou a ficar apertado. Achamos um apto lindo com cara da riqueza, mas depois de alguns dias virou pesadelo. Deu um vazamento giga e o teto de gesso perigava cair na cabeça de uma bebê "engatinhante". Surtei. Reforma seria gigante. Deu quebra do contrato. Ufa! 4 meses depois nos mudamos com uma bebê de um ano. E aqui estamos! Apto confortável, parquinho pertíssimo, quartos com armários (só dou conta de ficar sem armários uma vez na vida!) e maleiro na cozinha! Isto mesmo. Os antigos moradores deveriam ter no mínimo 1,90 de altura. No auge dos meus 1,63 não alcanço nada. Preciso me equilibrar no banquinho. Um perigo! No domingo fui trocar o prato da Thata pq, às vezes, ela tem desta: "Este prato eu não quero!" Senhor. Respirei e fui trocar antes que o chilique apertasse (Ps: escolha as batalhas). Me recusei a subir no banquinho e este pratinho lindo da foto veio na direção da minha testa! Vi estrelas. Ficou roxo. Não posso franzir a testa que dói.
via Quitandoquinha

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